
Na falta de gestão, alimentos disparam em estados produtores
Campeão de produção e de inflação, o setor agrícola pede atenção
28 de setembro de 2020
Apesar da grande produção agrícola, por falta de eficiente gestão de estoques reguladores, o governo deixou que a disparada do dólar contaminasse os preços dos alimentos este ano, sobretudo aqueles altamente transacionáveis no mercado externo.
De acordo com o IPCA-15, divulgado na última terça pelo IBGE, o grupo Alimentação e Bebidas é o que mais pesa no IPCA, subiu 1,48% e elevou a taxa de inflação em 0,45% em setembro, na maior taxa registrada para o mês desde 2012.
Em 2020, o IPCA já acumula alta de 1,35% e, nos últimos 12 meses, a variação chega 2,65% (2,28% nos 12 meses até agosto). No ano, o item Alimentação e Bebidas acumula alta recorde de 7,35% e subiu 9,93% em 12 meses.
Isoladamente, a maior alta foi do tomate (22,53%), após queda de 4,20% em agosto. Mas o excesso de exportações de soja, com preços acompanhando as cotações internacionais em dólar (35% mais caras), levaram a uma alta média de 20,33% no óleo de soja (o mais usado nas frituras), de 9,96% no arroz e de 5,59% no leite longa vida. Assim, o óleo de soja acumulou alta de 34,94% no óleo de soja, de 28,05% no arroz (o produto importado ficou caro, mesmo com isenção de imposto de importação) e o leite em pó encareceu 27,33%.
A carne, subiu 5,92% até setembro na média do Brasil, mas regiões tradicionalmente produtoras como Porto Alegre (RS) tiveram alta de 4,97%. Nada se compara, porém, à disparada de 18,42% de janeiro a setembro em Salvador (BA).
ACOMPANHAMENTO
DA SAFRA BRASILEIRA 2020/2021
A Companhia Nacional de Abastecimento - Conab divulga todos os anos o calendário de safras brasileiras. O de 2019/2020 você pode conferir aqui.
O anúncio do 1º Levantamento da Safra de Grãos de 2020/21 já tem data prevista para 08 Outubro, às 9h e pode ser acompanhado pelo canal da Conab no YouTube.
NOTÍCIAS DA SEMANA
Proposta altera regras de contratos de parceria agrícola
O Projeto de Lei 3097/20 permite que os contratos de parceria agrícola definam a cota do proprietário do terreno no resultado da produção. Hoje, os percentuais de participação do dono do imóvel variam de 20% a 75%. O objetivo da proposta é dar mais segurança jurídica e as principais mudanças:
- o proprietário do terreno também poderá cobrar do parceiro, pelo seu preço de custo, o valor de transporte, assistência técnica, equipamentos de proteção, combustível e sementes. Hoje, ele só pode cobrar pelos fertilizantes e inseticidas fornecidos;
- a prestação de orientação ou assistência técnica pelo proprietário não caracteriza relação de subordinação trabalhista do parceiro em relação ao proprietário;
- o parceiro poderá optar por vender ao proprietário a sua parcela da produção, observados os níveis de preços do mercado local;
- o núcleo familiar do parceiro pode ser incluído no contrato de parceria.
Congestionamentos encarecem 30% o custo do transporte de carga em SC
Em estudo divulgado na última segunda (21) pela Federação dos Transportadores de Carga de Santa Catarina (Fetrancesc), os congestionamentos na BR-101 encarecem em 30% o custo do frete.
A Fetrancesc defende a construção de um rodoanel para aliviar o trânsito na região de Barra Velha, Tijucas e Porto Belo.
O custo fixo do frete é R$100 por hora. Sendo assim, quanto mais tempo o caminhão ficar retido na estrada, mas caro fica o custo do transporte. Além do prejuízo financeiro, há o ambiental: a cada três deslocamentos entre Criciúma e Navegantes, seria preciso plantar uma árvore para compensação.
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